Em uma de suas inúmeras entrevistas, Madre Tereza de Calcutá foi precisa ao comentar que não há pobreza maior nesta vida do que a falta de amor. Inquestionavelmente, a essência dos desapontamentos e decepções humanas está na carência de “amor ao próximo”.
Eternamente ocupados com uma vida cada vez mais atribulada e fugaz, pautada em sentimentos não muito nobres como avareza, egoísmo, narcisismo e egocentrismo, nossa sociedade não percebe o quão debilitada está, principalmente pelo distanciamento da caridade e do bem querer, que são pilares de sustentação do amor ao próximo.
Recentemente foi divulgada uma história atribuída a Madre Tereza e intitulada “A LAMPARINA”, muito adequada ao tema.

“Ha muitos anos atrás, em sua peregrinação assistencial, Madre Tereza chegou a um povoado na Índia e visitou um senhor de bastante idade, que vivia isolado e em quadro de extrema pobreza. Ao se oferecer para ajudá-lo na arrumação da pequena casa, ela surpreendeu-se com a resposta: ‘não, obrigado’. Ela insistiu atenciosamente, com muito afeto na fala, e assim recebeu permissão. Entre os objetos empoeirados, ela encontrou uma lamparina suja e enferrujada. Parecia ter transcorrido muito tempo desde a última vez em que havia sido usada. Ao questionar o homem sobre os motivos para tal, ele disse que não tinha hábito de acendê-la porque não recebia visitas e, portanto, não precisava de luz em sua casa. Ela insistiu, limpou a lamparina e a deixou acesa.
Bastante tempo se passou, a ponto de o ocorrido ser quase esquecido, até que Madre Tereza recebeu um recado vindo daquele senhor. As palavras exatas afirmavam: ‘Contem à minha amiga, que a luz que ela acendeu em minha vida continua brilhando’.”
Inicialmente esta não parece ser uma daquelas histórias que arrebatam nosso coração, porém analisando com mais cuidado podemos observar o quão singela, simples e abrangente é sua mensagem. A luz voltou àquela casa através do amor de uma visitante. A transformação que podemos gerar em alguém com um gesto simples pode ser muito grande considerando a simplicidade do gesto gerador.
Porque o amor é assim: simples e potente, modesto mas arrebatador.